(Por Alfredo Manhães)
O toca-discos é um equipamento de áudio que tem partes bastante sensíveis e normalmente é muito difícil conseguir um usado com a caixa original do produto, que é a mais adequada para seu transporte. Desta forma quando alguém vende um toca-discos precisa improvisar a embalagem para enviar o equipamento ao comprador, o que pode causar danos caso isso seja feito de maneira inadequada.
A sugestão apresentada a seguir pode ser aplicada a aparelhos de diversas marcas e modelos. As fotos mostram um Pioneer PL-530 vendido usado (no estado) para restauração e enviado por transportadora de Recife-PE para Macaé-RJ. Como fui o comprador, atesto que o equipamento chegou ao destino sem nenhuma avaria além das que já possuía, em função da qualidade do processo de embalagem adotado pelo vendedor.
- Caixas e pedaços de papelão.
- Plástico grosso de sacolas (ou bolha).
- Pedaços de isopor.
- Caixinha de acetato (caixa de bombom pequena).
O processo foi realizado nas seguintes etapas:
1. Inicialmente retirou-se a tampa e suas dobradiças. A tampa foi embalada em plástico grosso (ou bolha) sem as dobradiças.
2. O headshell foi retirado para desmontagem do conjunto cápsula/agulha/parafusos e acondicionado em separado numa caixinha de acetato. A agulha teve que ser protegida com isopor para evitar danos.
3. Foram retirados o prato, tapete de borracha, peso e adaptador de 45 rpm. Essas partes foram acondicionadas juntamente com a caixinha da cápsula em uma pequena embalagem intermediária que cabe no fundo da caixa onde será colocado o toca-discos. Aqui também são colocadas as dobradiças da tampa e a caixinha da cápsula/agulha. Foi utilizado um pedaço de isopor com aberturas cortadas com estilete para encaixar essas peças.
4. Todos foram protegidos com plástico e encaixados com firmeza de forma a não se soltarem no transporte. Aqui foi usado isopor e papelão para preencher os espaços da caixa.
5. A embalagem foi fechada, enumerando-se na parte externa os componentes embalados.
6. A base requer cuidados devido ao braço, alavancas e cabos. Os cabos de áudio e de força foram presos com fita adesiva abaixo da base. O braço foi travado e protegido para evitar que se soltasse no transporte.
7. Foi usado papelão, isopor e fita adesiva para proteger e prender as partes do braço e alavancas, evitando que fiquem sem apoio ou se soltem. O headshell veio no braço mas pode vir separado também.
8. A base foi embalada em plástico grosso (ou bolha).
9. A tampa foi colocada sobre a base na sua posição de uso, e ambos foram embalados em um mesmo plástico.
10. Na fase final do processo, separou-se a caixa que seria usada para transporte e algumas placas de isopor.
11. Colocou-se isopor no fundo da caixa e sobre ela foi colocada a embalagem intermediária contendo as partes menores. Os espaços laterais foram preenchidos com isopor.
12. A base (os cabos estão sob ela com calços de isopor) e a tampa foram colocados dentro da caixa. Os espaços laterais foram preenchidos com isopor.
13. Colocou-se uma placa de isopor para completar o espaço interno superior e a caixa foi lacrada com fita adesiva. Para aumentar a proteção pode ser usada outra caixa por fora da 1ª, recheada com flocos de isopor ou jornal amassado.
14. A transportadora contratada recomendou colocar avisos de “Frágil” e “Este lado para cima” na parte externa. Após colar etiquetas do remetente e do destinatário a caixa estava pronta para transporte.
O equipamento foi recebido intacto e o investimento preservado. Em outra postagem veremos a restauração desse toca-discos, que ficou assim:
Até a próxima!
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